Terrenos em Áreas de Preservação: O Que Saber Antes de Investir

Terrenos em Áreas de Preservação.
Terrenos em Áreas de Preservação.

Antes de investir em terrenos em áreas de preservação, é importante pesquisar, avaliar riscos e estar atento a restrições de uso. Aqui está um guia completo para te ajudar nessa jornada.

Pesquisa

  1. Faça uma Pesquisa Detalhada sobre a Localidade
    • Verifique a infraestrutura básica, como água, energia elétrica e saneamento.
    • Analise os riscos ambientais da região, como deslizamentos de terra, enchentes ou desmatamento.
    • Considere a vegetação local e sua importância para o ecossistema.
  2. Avaliação
    • Avalie o potencial de valorização da área.
    • Verifique se o terreno está em conformidade com as leis ambientais.
    • Esteja ciente das restrições de uso que podem impactar seu investimento.
  3. Documentação
    • Verifique se a propriedade está dentro das regularidades legais.
    • Cobre do vendedor os seguintes documentos: certidões negativas de débitos; certidão de propriedade do imóvel e carnê de IPTU.

Ganhar Dinheiro com Áreas de Preservação Ambiental

Investir em áreas de preservação ambiental não apenas contribui para a sustentabilidade do planeta, mas também pode gerar lucro. Aqui estão algumas maneiras de ganhar dinheiro com essas áreas:

1. Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)

Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

Programas de Pagamento por Serviços Ambientais recompensam proprietários de terras por preservar ecossistemas e biodiversidade. O governo ou empresas privadas pagam para garantir a conservação ambiental.

2. Restauração Produtiva

Restauração Produtiva em Terrenos Preservados.
Restauração Produtiva em Terrenos Preservados.

Reflorestar áreas degradadas com plantas nativas e frutíferas pode gerar produtos como frutos, mel e madeira de forma sustentável. Essa prática auxilia na recuperação ambiental e oferece retorno financeiro.

3. Manejo Sustentável

Manejo Sustentável de Recursos Naturais.
Manejo Sustentável de Recursos Naturais.

Aproveitar recursos naturais de forma sustentável, como o manejo florestal para extração de madeira ou produtos não madeireiros (castanhas, açaí, etc.), é uma maneira de obter lucro sem comprometer o ecossistema.

4. Compensação Ambiental

Compensação Ambiental: Equilíbrio Entre Preservação e Economia.
Compensação Ambiental: Equilíbrio Entre Preservação e Economia.

Proprietários de áreas de preservação podem arrendar parte de suas terras para empresas que necessitam cumprir exigências ambientais de compensação. Isso gera renda e ajuda empresas a atenderem às suas obrigações legais.

5. Ecoturismo

Ecoturismo em Áreas de Preservação.
Ecoturismo em Áreas de Preservação.
Desenvolver atividades de ecoturismo, como trilhas, observação de aves e turismo educativo, pode atrair visitantes e gerar receita. Esse modelo de negócio valoriza a conservação e promove a conscientização ambiental.

Comparação com Outros Tipos de Terrenos

Tipo de Terreno Vantagens Desvantagens
Residencial Alta demanda, fácil revenda Custos elevados de manutenção
Comercial Potencial de alta lucratividade Requer planejamento rigoroso
Industrial Incentivos fiscais, infraestrutura preparada Impacto ambiental, localização específica
Rural Produção agrícola, incentivos governamentais Menor liquidez, dependência de recursos naturais
Preservação Contribuição ambiental, incentivos fiscais Restrição de uso, maior burocracia
Existem várias legislações importantes que regulam as áreas de preservação ambiental no Brasil. Aqui estão algumas das principais:

1. Constituição Federal de 1988

O Artigo 225 da Constituição Brasileira estabelece a importância de manter o ecossistema estabilizado através da preservação e recuperação ambiental, garantindo a qualidade de vida para todos os indivíduos.

2. Lei 9.985/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC)

Esta lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, estabelecendo critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação.

3. Lei 12.651/2012 – Novo Código Florestal Brasileiro

Dispõe sobre a preservação da vegetação nativa e revoga o Código Florestal Brasileiro de 1965. Determina a responsabilidade do proprietário de ambientes protegidos entre a Área de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal (RL) em preservar e proteger todos os ecossistemas.

4. Lei 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais

Trata das questões penais e administrativas relacionadas às ações nocivas ao meio ambiente, concedendo aos órgãos ambientais mecanismos para punição de infratores.

5. Lei 6.938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, visando a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental benéfica à vida.

Exemplos de casos de aplicação dessas leis

1. Desastre de Mariana (2015)

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, foi um dos maiores desastres ambientais do Brasil. A tragédia resultou na liberação de milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, causando a morte de 19 pessoas e a destruição de comunidades e ecossistemas. A empresa responsável, Samarco, foi multada e obrigada a realizar a recuperação ambiental e indenização das vítimas, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998).

2. Desastre de Brumadinho (2019)

Outro exemplo trágico foi o rompimento da barragem em Brumadinho, também em Minas Gerais. Esse desastre resultou na morte de 270 pessoas e causou danos ambientais significativos. A empresa Vale foi responsabilizada e teve que arcar com multas e medidas de recuperação ambiental, além de indenizações às famílias das vítimas, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998) e a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981).

3. Operação Curupira (2005)

A Operação Curupira foi uma ação da Polícia Federal que desmantelou um esquema de extração ilegal de madeira na Amazônia. A operação resultou na prisão de dezenas de pessoas, incluindo servidores públicos e empresários, e na apreensão de grandes quantidades de madeira ilegal. A ação foi baseada na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998) e no Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/2012).

4. Caso da Chevron (2011)

Em 2011, a empresa Chevron foi responsabilizada por um vazamento de petróleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. O incidente resultou na liberação de milhares de barris de petróleo no mar, causando danos ambientais significativos. A Chevron foi multada e obrigada a realizar a limpeza e recuperação da área afetada, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998).

Conclusão

Investir em áreas de preservação ambiental pode ser lucrativo e benéfico para o meio ambiente. Ao utilizar estratégias como Pagamento por Serviços Ambientais, restauração produtiva, manejo sustentável, compensação ambiental e ecoturismo, é possível obter retorno financeiro enquanto se contribui para a conservação do planeta.

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